Filme: "Manas" (2024)


Dirigido por Marianna Brennand e roteiro dela conjuntamente com Marcelo Grabowsky, Felipe Sholi, Antonia Pellegrino, Camila Augustini e Carolina Benevides, "Manas" reúne os elementos de um drama regional que se comunica com todo o mundo. Com cerca de 20 prêmios em suas exibições em 2024, agora finalmente estreia dia 15 de Maio de 2025, com a distribuição é da Paris Filmes.

Marcielle (Jamilli Correa), uma jovem de 13 anos que vive na Ilha do Marajó (Pará), começa a perceber que o futuro lhe reserva poucas opções. Encurralada pela resignação da mãe e movida pela idealização da irmã mais velha que partiu aos 19, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege sua família e as mulheres de sua comunidade. É uma história necessária sobre amadurecimento precoce e sobrevivência!

No elenco temos em destaque a mãe gestante vivida por Fátima Macedo ("A Praia do Fim do Mundo") e o pai vivido por Rômulo Braga (do recente filme "Homem com H"). Por último, mas não menos importante, Dira Paes é o nome mais conhecido pelos brasileiros, e aqui ela tem ainda mais relevância com sua atuação. Jamilli e Emily Panjota são os destaques infantis, as "Manas" que certamente serão lembradas em novos papéis com uma obra dessa no currículo.

Com uma hora e quarenta e um minutos, é uma realidade devastadora que não se extinguiu. Aqui vemos a importância do trabalho da polícia, e dos relatos dos familiares e amigos para compreender o que se passa em casa e nos ambientes que tantas crianças se tornam vítimas de abusos físicos e psicológicos. Na obra vemos como é feita a abordagem do conselho tutelar e seu encaminhamento para um resultado digno para o menor. Ao mesmo tempo, o papel da escola parece ser de medo ao tocar em temas como a educação sexual.

Dentro da região, veremos em contraste as belezas do meio ambiente e o sotaque característico. Mesmo com tantos assuntos sérios, esses jovens conseguem encontrar alegrias em seus longos deslocamentos para a escola e atividades na igreja, com enfoque na evangélica e seus fiéis tão perdidos nas palavras que não seguem suas ações com a mesma dedicação. A experiência de um filme nacional com uma conclusão tão impactante é o que faz nosso cinema tão característico.

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