Filme: "Elio" (2025)

 


"E se eu dissesse que não estamos sozinhos no universo e tudo que você ouviu sobre alienígenas é verdade?" Com essa condução existencial que o trio de diretores Adrian Molina, Domee Shi e Madeline Sharafian deram vida a "ELIO", nova animação da Disney-Pixar que tem roteiro de Julia Cho, Mark Hammer e Mike Jones. No Brasil sua estreia é dia 19 de Junho de 2025, somente nos cinemas e com direito a algumas sessões em 3D para uma imersão completa.

Elio é um menino apaixonado pelo espaço, com uma imaginação fértil e uma grande obsessão por alienígenas, embora tenha dificuldade de socialização. Quando ele se vê abduzido por uma organização interplanetária que abriga representantes de galáxias de todo o universo, Elio entra sem hesitar nessa missão épica. Identificado erroneamente como o embaixador da Terra e sem nenhum preparo para esse tipo de pressão, Elio deve forjar novos laços com formas de vida extraterrestre excêntricas, enfrentar crises de proporções intergalácticas e descobrir quem ele realmente está destinado a ser.

Desde 2022 tivemos noção do desenvolvimento da terceira animação da Pixar com a predominância do gênero ficção científica, o que trouxe o maravilhoso "WALL-E" (2008) e o desnecessário "Lightyear" (2022). O estúdio aposta em um mundo colorido com um conteúdo emocionante para toda a família, lembrando a origem dos primeiros filmes que continham vários outros gêneros como ação, aventura, suspense e até terror misturados de uma forma que fazem rir sem esforço. Só por nos importarmos com cada personagem em cena, é um sinal de que estamos conectados com a ideia que o filme busca fixar.

Os temas abordados são importantes, e para crianças é essencial entender situações como fases do luto e necessidade de aprovação, já que nosso protagonista tem ambas as dificuldades. Para os mais velhos, temos a adição da responsabilidade afetiva, onde os pais e/ou responsáveis entendem que a vida precisa mudar de modo que o menor receba a atenção devida para um melhor desenvolvimento. Para essa dinâmica, tivemos não só a tia de Elio, como também o pai alienígena e seu filho precisando melhorar o diálogo. Incrível como isso trouxe de maneira intrínseca uma bela mensagem de aceitação para os LGBTQIAPN+ no mês no Orgulho.

Com uma hora e trinta e nove minutos, teremos uma breve cena durante os primeiros créditos e no fim um agradecimento singelo para a equipe que tornou essa obra possível. Sua trilha sonora aposta mais no instrumental de Rob Simonsen, embora traga a canção "Once in a Lifetime" da banda Talking Heads de forma sutil. A dublagem em português ficou excelente e a localização nas cenas para nosso idioma foi outra boa notícia. Se você não for para os cinemas, saiba que outras formas de vida irão!

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