Filme: "Bom Menino" (Good Boy, 2025)


Contada através da perspectiva de um cachorro, "Bom Menino" se tornou destaque por trazer um terror diferenciado para o mês do Halloween. Estamos livres de crianças amaldiçoadas? Já é um bom começo! Com estreia dia 30 de Outubro de 2025, somente nos cinemas, a distribuição é da Paris Filmes. Dirigido por Ben Leonberg, esse é seu primeiro longa metragem, sendo o roteiro de sua autoria em parceria com Alex Cannon.

Acompanharemos a mudança de Todd (Shane Jensen) e seu cão Indy para a casa de campo da família após a morte do avô. O novo lugar é  conhecido por ser assombrado por um demônio maléfico. Apesar dos avisos, Todd ignora os rumores, abrindo caminho para que seu cachorro passe a enxergar presenças fantasmagóricas e sobrenaturais pelos cantos aparentemente vazios da mansão. Quando seu dono passa a sucumbir às forças sombrias que rondam a casa, seu melhor amigo e fiel escudeiro Indy precisará confrontar essas atividades malignas numa tentativa desesperada de proteger seu companheiro humano.

O carisma do elenco se resume ao melhor amigo do homem, pois além do Shane, temos breves parcipações de Arielle Friedman, Larry Fessenden, Stuart Rudin, Hunter Goetz e Anya Krawchek. A trilha sonora bem no nível genérico da produção, sem nenhuma cena impactante até a primeira hora... Poucos latidos, nenhuma mordida e sangue desperdiçado com momentos que trazem o drama de quem não acredita no desgaste da saúde mental e física, mas desconfia que o cão tem um olhar para o além.

É difícil não associar ao recente "Presença"(2024) que criou uma atmosfera e trouxe algo arrepiante sem ser de fato terror. Para quem se preocupa ao ver um animal tomar sustos, puxões e se jogando de lugares altos, melhor evitar essa obra. Não se preocupem, nenhuma sequência parece estar a caminho, esse filme soube ficar com o rabo entre as pernas. O roteiro ficou no nada com o trabalho de iniciante, fazendo "Bud: O Cão Amigo"(1997) ser uma obra prima do cinema.

Com uma hora e treze minutos, demorou pra termos algo com o terror de fato. Para quem está acostumado com o gênero, faltou muita energia para a obra se destacar. Os efeitos sequer ajudam na criação do medo, ficando mais no suspense. Certamente a economia com o elenco tornou tudo possível, já que o cão é mascote do cineasta... Essa obra pelo menos eterniza esse carinho do cão em sua estreia após diversos curtas. O curioso é que esse mesmo animal está lançando a ideia de uma categoria para suas quatro patas no Oscar. A carta foi enviada para a Academia, será essa a revolução dos Bichos?

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