Filme: "Springsteen: Salve-Me do Desconhecido" ("Springsteen: Deliver Me from Nowhere, 2025)
Nem todos conseguem uma vida sem dores e traumas. "Springsteen: Salve-Me do Desconhecido" é um drama que retrata o processo de criação do álbum “Nebraska” (1982) de Bruce Springsteen e um prelúdio do que viria a ser aproveitado “Born in The USA” (1984). O filme é dirigido por Scott Cooper ("Espíritos Obscuros" e "O Pálido Olho Azul") adaptando o livro “Deliver Me from Nowhere” de Warren Zanes. O filme estreia nos cinemas brasileiros dia 30 de outubro de 2025, sendo uma produção da 20th Century Studios.
Feito em um gravador de 4 faixas no quarto de Springsteen (vivido pelo incrível Jeremy Allen Whiteem, da série "O Urso") Nova Jersey, o álbum marcou um ponto de virada em sua vida. A parceria constante da E Street Band comprova que eles ajudaram a criar outros projetos mais cativante e fácil de se promover nas rádios. “Nebraska" é o momento em que Bruce escolheu a verdade em vez de algo bonito – uma escolha que ainda reverbera em tudo o que ele escreveu desde então. Se até o Bruce Springsteen elogiou o elenco e direção, quem somos nós para julgar?
O elenco também conta com Jeremy Strong como Jon Landau, o mentor e empresário de longa data do artista. Outro destaque, já que ele funciona como um psicólogo e certamente um amigo extremamente necessário para quem vive com depressão. Stephen Graham interpreta Doug, o pai de Springsteen, aquele que podemos odiar sem dó. Gaby Hoffman interpreta Adele, a mãe querida que tenta proteger o filho. Por fim, Odessa Young interpreta Faye, fã e também representa o breve relacionamento do cantor Esses três últimos que são um tanto repetitivos na cinebiografias, pai alcoólatra violento, mãe amável sofrendo e o affair que quer algo mais duradouro.
Com duas horas de duração a obra conta com uma trilha sonora original do compositor Jeremiah Fraites (um dos fundadores do The Lumineers e compositor da banda) e fotografia de Masanobu Takayanagi ("Spotlight: Segredos Revelados" e "O Pálido Olho Azul"). Sonoramente e visualmente temos a sensação de um lançamento frio e com o objetivo de captura da melancolia da infância difícil até o momento final do filme, onde o cantor está com 32 anos. A década de 50 em preto e branco trouxe a vida simples do subúrbio em flashbacks. Nenhuma canção inédita, só para deixar claro! Mas o básico de artista versus gravadora está presente, mostrando Springsteen como um cantor um tanto inflexível.
Embora os norte-americanos adorem seu conterrâneo, esse filme não chega com o mesmo impacto na nossa cultura. Não chega perto da relevância que as cinebiografias do Freddie Mercury e Elton John, ficando junta daquelas obras que servirá mais como um "conheça o artista e suas canções", semelhante as últimas cinebiografias do Bob Dylan e Robbie Williams, que são uma boa retrospectiva de artistas estrangeiros que você pode lembrar de uma o outra música, mas nunca foi um alvo de interesse que te levará aos cinemas. A mesma fórmula de sempre está saturando!




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