Filme - O Rei do Show ('The Greatest Showman')


Musicais são um gênero muito próspero no cinema, pois provavelmente não é pra qualquer um dirigir, coreografar, compor, roteirizar e contar com um elenco tão forte quanto suas vozes. A sorte sorriu para "O Rei do Show" ao trazer o talentoso Hugh Jackman para protagonizar um musical tão importante que já garantiu o reconhecimento através do público e até mesmo das premiações. Dirigido por Michael Gracey, estreando como diretor de um longa e provando que é fácil emocionar o público se você souber as dificuldades que cada um pode enfrentar.

A história se passa através dos olhos de uma criança sonhadora e de família humilde, o que nunca impediu o jovem de correr atrás do que quer. Logo sabemos que as dificuldades o fizeram crescer e se tornar mais ambicioso mesmo quando encontrou o amor de sua mulher e suas filhas. P. T. Barnum (Jackman) é o típico aproveitador ao vender em seu circo uma farsa muito bem orquestrada, com pessoas excêntricas que se escondem pela cidade. Suas apresentações geram comentários de todos os tipos, mas isso não lhe impede de querer cada vez mais sucesso. E para isso será necessário se aliar ao jovem mais cobiçado de Hollywood, Phillip Carlyle (Zac Effron).


O elenco é bem apresentado e representam seus papéis com naturalidade, seja individualmente como em grupo. Destaque para Rebecca Ferguson ("A Garota no Trem") que ainda que apareça menos que todos conseguiu nos proporcionar todas as reações possíveis. Michelle Williams trouxe outra nobre protagonista para seu currículo, gerando uma ótima química com Hugh, lembrando que ambos já estivem juntos na obra "A Lista: Você está Livre Hoje?". Outra dupla que trabalhou com afinco e surpreendeu foi Zac ("High School Musical" e "Hairspray") e Zendaya ("Finding Neverland" e "No Ritmo"), dois jovens provenientes da Disney e com boas repercussões no cenário musical.

A fotografia e efeitos especiais são apenas mais um motivo para não perder um minuto sequer dessa obra, pois foram bem desenvolvidos e se mantem interessante até o fim. A história por si só é bem simples e retrata coisas que vivemos até hoje: preconceito e desigualdade. Por esse motivo já é mais uma abordagem para essa situação que não esquece nem mesmo as crianças, e que também foram o motivo para esse filme ser sincero e até mesmo puro. O que faz dos musicais algo imprescindível é o fato de sairmos da sessão com esperança e buscando fazer de cada canção o nosso mantra motivacional. Vai me dizer que não pretende ouvir a trilha sonora depois? Impossível!


Primeiramente devemos agradecer aos compositores Benj Pasek e Justin Paul pelo maravilhoso trabalho que continua mesmo depois de "La La Land: Cantando Estações" que ganhou a noite no Oscar, incluindo as estatuetas de melhor trilha sonora e canção original. A cartada com "O Rei do Show" se repete ao conquistar o Globo de Ouro com a faixa "This Is Me". Existe aqui uma superação em conteúdo, pois cada música pode ser vista de várias maneiras e por mais que o filme represente outra época, é fácil recepcioná-la pelo gênero que vai do pop ao folk. Sem esquecer Joseph Trapanese que cuidou dos arranjos de cada canção apresentada. Por último, mas não menos importante... vida longa ao diretor Michael Gracey e muitas experiências que estão por vir.


Tão mágico quanto uma noite de Natal. ❤

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