Filme: "Anora" (2024)


Comece o ano sonhando alto! A Universal Pictures nos apresenta a encantadora "Anora", longa dirigido e escrito por Sean Baker ("Red Rocket" e "Projeto Flórida") e com estreia no Brasil dia 23 de Janeiro de 2025, embora seja uma obra de destaque em 2024, vencendo da Palma de Ouro no Festival de Cannes. Sem rostos muito conhecidos, o filme depende principalmente de sua autenticidade... ou talvez, sorte?


Anora, apelidada de Ani (Mikey Madison) é uma dançarina e profissional do sexo da região do Brooklyn, nos Estados Unidos. Em uma noite aparentemente normal de trabalho, a garota descobre que pode ter tirado a sorte grande, uma oportunidade de mudar seu destino: ela acredita ter encontrado o seu verdadeiro amor após se casar impulsivamente com o filho de um oligarca, o herdeiro russo Ivan (Mark Eidelshtein). Não demora muito para que a notícia se espalhe pela Rússia e logo o seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de Ivan entram em cena, e eles partem para Nova York decididos a anular o casamento.


Com duas horas e dezenove minutos, a trama parece tão feliz em mostrar a boate e seus serviços, suas musas e seus clientes em cenas com alguma nudez breve. Logo de cara temos noção que algumas se apoiam, enquanto outras se odeiam: Até mesmo na prostituição temos a rivalidade feminina. As cenas são lindas e é como ir para uma festa repleta de álcool, drogas e música variada, mas tudo tem um preço. Um Otimismo exacerbado também não ajuda no choque de realidade que virá.


Destacamos Mikey por todo seu estudo - aprender sotaques do bairro e outro idioma pra um único trabalho - e desempenho na protagonista e Yuriy Borisov, que embora chegue no meio do filme, tenha atraído nossa atenção. Seja por humor, medo e por fim tudo que ele demonstra em boa parte de suas atitudes ao interpretar Igor. Os demais são excelentes, embora beirem os clichês de comédia romântica e thriller.


A trilha sonora é bem dançante e no meio com a duo t.A.T.u. (o maior produto pop importado da Rússia) foi o suficiente para mostrar o quanto essa obra estava disposta a entregar algo polêmico, beirando o caos e sem medo de trazer um final imprevisível e que provoca a dor do fim. Quantos traumas ficam ocultos entre as maquiagens e as tatuagens? Tudo virá em algum momento, através de um olhar cansado e cheio de lágrimas. "Anora" merece ser o centro das atenções!

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