Filme: "Conclave" (2024)
Do diretor Edward Berger ("Jack" e "Nada de Novo no Front"), temos "Conclave", filme que estreou originalmente em 2024 e finalmente chega para os brasileiros dia 23 de janeiro de 2025 nos cinemas, e acompanhamos um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Bateu a curiosidade desses trâmites? Vai na fé que o drama pode esclarecer tudo! A distribuição é da Diamond Films e o roteiro da dupla Peter Straughan e Robert Harris.
Lawrence (Ralph Fiennes), conhecido também como Cardeal Lomeli, é o encarregado de executar essa reunião confidencial após a morte inesperada do amado e atual pontífice. Sem entender o motivo, Lawrence foi escolhido a dedo para conduzir o conclave como última ordem do papa antes de morrer. Assim sendo, os líderes mais poderosos da Igreja Católica vindos do mundo todo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção e deliberar suas opções, cada um com seus próprios interesses.
Lawrence acaba no centro de uma conspiração e descobre um segredo do falecido pontífice que pode abalar os próprios alicerces da Igreja e questionar o colégio de cardeais envolvido. Fiennes consegue imediatamente nossa aprovação para desconfiar e até ser o protagonista nessa trama. O longa consegue ser tenso do início ao fim, e a trilha sonora mais marcante é o silêncio solene ou até um canto dos pássaros mostrando que existe vida lá fora. Enquanto isso, os olhares são fulminantes e as refeições que pareciam um momento de descontração, se torna mais um espaço pra desavenças.
A atuação de Stanley Tucci nunca passa despercebida, assim como a de Isabella Rossellini em suas breves passagens. Os demais também desempenham papéis que geram intencionalmente uma revolta, como John Lithgow, Lucian Msamati e Sergio Castellitto. Essa trindade é exatamente tudo que a igreja abomina, mas sabe-se que muitos casos ficam silenciados para manter as tradições. A mais coerente é exigir uma eleição com no mínimo 72 votos no mesmo cardeal, tornando uma politicagem que até o Brasil conhece bem!
Com exatas duas horas, temos reviravoltas que vão interessar quem não é fã dos gêneros suspense e drama. É como ouvir uma fofoca boa e torcer para que chegue nas mãos certas, e nesse mecanismo estamos envolvidos torcendo para alguém chegar no cargo mais cobiçado do catolicismo. Carlos Diehz foi um dos atores que mais provocou com timidez, e gerou discussões sobre o mundo atual ser regido por regras obsoletas. Se falta algo no filme, é o que vimos: duas atrizes contra inúmeros atores, deixando claro como é patriarcal quem tem voz na igreja.
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