Filme: "O Brutalista" (The Brutalist, 2024)


Ambientado em 1947, "O Brutalista" chega dia 20 de Fevereiro de 2025 nos cinemas brasileiros! Do diretor Brady Corbet ("Vox Lux"), que roteirizou em parceria com Mona Fastvold ("O Sonâmbulo"), esse drama, que faz jus ao nome "longa metragem" - afinal, são quase quatro horas de duração - não é indicado para menores de 18 anos por conter cenas nudez, sexo explícito e uso de drogas. E sim, são cenas pesadas! 

O arquiteto visionário húngaro László Toth (Adrien Brody) e sua esposa Erzsébet (Felicity Jones) fogem da Europa devastada pela guerra em busca de um novo começo na América. Em sua jornada para reconstruir seu legado e testemunhar o surgimento da América moderna, eles se deparam com uma oportunidade que pode mudar suas vidas para sempre. O industrial rico Harrison Van Buren (Guy Pearce) oferece a László um sonho americano em bandeja de prata: a chance de projetar um grandioso monumento modernista que moldará a paisagem do país que agora chamam de lar.

Veremos como o caminho para a realização de seus sonhos é repleto de desafios inesperados, tendo de enfrentar tragédias ao longo de quase três décadas. O destaque é Adrien Brody ("O Pianista") em seu melhor protagonista em muito tempo, criando um personagem que em parte temos empatia e logo depois desejamos estar na pele de qualquer um, menos a dele. Estar em um país tão hostil com estrangeiros é um tema recorrente e que sempre foi atual.

Com muitas indicações nas premiações, ele é um dos favoritos para diversas categorias, embora a de melhor ator, fotografia e roteiro possam garantir vitórias no Oscar, evento que concorre a 10 estatuetas. As três horas e trinta e seis minutos contam com um intervalo em tela de 15 minutos, ideal para quem precisar pegar um lanche e ir no banheiro. Assim que virem uma foto em preto & branco e um cronômetro na tela, a única adição é o instrumental tocando no fundo. A trilha sonora instrumental é de Daniel Blumberg ("Um Fascinante Mundo Novo", filme dirigido pela mesma roteirista desse).

O filme trouxe uma atmosfera pesada em seu todo, sendo a conclusão um respiro breve na década de 80, onde vemos como o talento sobrevive nas mãos certas. A trama possui inúmeras reviravoltas pensadas e dosadas nos dois atos, sendo em seu segundo ato mais impactante no sentido de fazer jus ao título do longa. As locações certamente são as mais bonitas para um filme tão sério, e rapidamente ver o monumento da Estátua da Liberdade em ângulos diferentes do usual já provava que o filme condena aquela vidinha norte-americana. Imperdível!

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