Filme: "Câncer Com Ascendente em Virgem" (2025)
"Câncer com Ascendente em Virgem" é a nova comédia dramática nacional dirigida por Rosane Svartman (dos filmes infantis "Pluft, O Fantasminha" e "Tainá: A Origem") com base na história real de Clélia Bessa, produtora do longa, que lutou contra um câncer de mama desde 2008 e é autora do blog "Estou com Câncer, e Daí?", que deu origem ao livro homônimo. Com estreia dia 27 de março de 2025, somente nos cinemas, será que algum planeta retrógrado vai te deixar perder essa oportunidade?
Clara (Suzana Pires) é professora de matemática e criadora de conteúdo educacional nas redes sociais, e gosta sempre de ter tudo sob o mais absoluto controle, porém, ao receber o diagnóstico de câncer de mama, ela deverá aceitar que a vida nem sempre sai conforme planejado. Aos poucos vemos como a notícia da doença ainda é um assunto difícil de partilhar com a família, e com os amigos não dá pra esconder por muito tempo. É uma situação que nos colocamos no lugar dela, e certamente vamos nos identificar nos altos e baixos.
Ter Marieta Severo, Carla Cristina Cardoso, Nathália Costa e Fabiana Karla dando a força na narrativa da personagem de Suzana Pires foi importante. A maioria conhecida por séries de comédia e agora podem entregar mais do que só um lado, pois serão ainda lembradas por seus papéis na TV. É um longa com a força feminina em todas as esferas, desde a direção, roteiro, produção e elenco e que chega justamente no mês que celebramos o dia internacional da mulher. Aqui vamos do cotidiano da quimioterapia e a cirurgia tão invasiva de retirada na mama.
A comédia encontra uma forma honesta de fazer nossa atenção, já que lágrimas já estão constantes na luta diária de cada um. Doenças terminais costumam doer principalmente em dois momentos: o do diagnóstico e ver o fim da vida de alguns dos pacientes que estão ali, na cadeira ao lado. Souberam dosar humor e drama, uma vez que são gêneros tão opostos e com uma linha tênue entre a boa adaptação e o filme motivacional forçado, por sorte não é o caso. Até o uso de filtros das redes sociais vieram para mostrar como estamos escondendo qualquer imperfeição, e ainda sobre a tecnologia temos uma cena crítica sobre como estamos imersos no virtual, enquanto perdemos o tempo que poderia ser melhor com quem está do nosso lado.
Com quase duas horas, temos a trilha sonora mais animada para nossa protagonista que é reconhecida pelos alunos em todo canto, que adora dançar, se mimar e ser desejada. Desde sambas clássicos e de outros gêneros, o destaque vai para Rita Lee com a "Mania de Você", cantora que viveu com muito bom humor e enfrentou essa mesma doença até o fim. O título do filme foi muito bem utilizado numa cena, e para quem assistir será uma explicação melhor do que falarmos de signo por horas. Melhor ver um filme, não acha?
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