Filme: "Mickey 17" (2025)
O mundo já fez você se sentir "descartável"? Dirigido e roteirizado por Bong Joon-ho ("Parasita"), dia 6 de março de 2025 estreia com distribuição da Warner Bros. o primeiro... não! O único... também não! "Mickey 17", um suspense sci-fi com muitas referências incríveis para que todos pensem muito e ao mesmo tempo desejem rever umas 17 vezes... mas lembre-se que o filme está somente nos cinemas!
O jovem Mickey Barnes (Robert Pattinson) conseguiu fugir da perseguição de agiotas, mas aceitando encarar uma missão inédita fora da terra. Na jornada de trabalho, depois de realizar missões, ele acaba sendo um funcionário “descartável" , mas suas memórias são restauradas em um novo ser após a morte. No entanto, após inúmeras regenerações, Mickey 17, sua atual versão, sobrevive a uma missão perigosa e acaba enfrentando um dilema existencial ao encontrar sua próxima versão, Mickey 18, que está pronta para substituí-lo.
A crítica social está tão bem entranhada que, nos primeiros minutos de filme já questionamos as decisões tomadas. Outro detalhe importante é observar que uma pergunta é feita inúmeras vezes, e em cada situação o filme soube fazer uma resposta coerente com os sentimentos do protagonista vivido por Pattinson. "Como é morrer?" Alguns podem ver esse homem como um show bizarro, enquanto outros sentem sua falta de algum modo. Afinal, a cada Mickey reimpresso teremos experiências e contatos diferentes.
Os efeitos especiais são deslumbrantes, fazendo com que acreditemos nas cenas que usam e abusam não só do pobre Mickey, mas da computação gráfica. O elenco tem destaques em todas as atuações: Naomi Ackie sendo o amor em tempos sombrios, Steven Yeun com a velha vida de erros, Mark Ruffalo e Toni Collette com suas exibicionistas aparições midiáticas, Anamaria Vartolomei sendo invejosa e invejável. Por fim, gostaríamos de ter visto mais da Holly Grainger (conhecida na série "C.B. Strike") que no pouco espaço fez seu momento.
Com duas horas e (pasmem) dezessete minutos, temos reviravoltas políticas, novas descobertas na ciência e na comunicação, fanatismo religioso e, sentimos dizer... muitas cobaias sendo vítimas pelo mero entretenimento de um grupo seleto. Parece familiar? Toda a expectativa valeu a pena, temos outra grande obra do diretor premiado para se manter no imaginário do público. Sua melhor versão sobreviverá para os próximos projetos do gênio?
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