Filme: "Desenhos" (Sketch, 2024)
Você se lembra dos desenhos que fazia nos cadernos da escola? Com estreia dia 4 de Setembro de 2025 e distribuição da Paris Filmes, a fantasia "Desenhos" finalmente chega para os cinemas brasileiros pintando o sete. A classificação indicativa é para maiores de 10 anos, e com razão, uma vez que mistura aventura, suspense e um terror de leve nessa receita. Dirigido e roteirizado pelo estreante Seth Worley, o filme saiu originalmente em 2024.
Quando o caderno de desenhos estranhos de uma jovem garota chamada Amber cai em um lago misterioso, suas criações, imprevisíveis, caóticas e perigosas ganham vida. À medida que a cidade se torna um caos, ela e o irmão Jack precisam rastrear as criaturas antes que elas deixem danos permanentes. Os irmãos terão a ajuda de um colega de escola que pratica bullying constantemente... Será uma chance de melhorar essa relação, e pelo menos usarão sua criatividade para lutar contra os monstros e salvar a cidade.
O elenco composto por Tony Hale, D’Arcy Carden, Bianca Belle e Kue Lawrence é um completo desafio para a paciência, tendo poucos momentos que acreditemos que boa parte deles estão ali por carinho a profissão. Quando esperamos uma mensagem de motivação para aceitar a perda irreparável de uma mãe, o filme empurra piadas que fazem referência aos "Power Rangers" e todos os super-heróis que já pisaram nos cinemas. Esse humor nerd não ajuda a tornar o entretenimento mais palatável.O personagem mais útil em cena, interpretado por Jaxen Kenner foi completamente esquecido pelo roteiro depois de sua participação.
Os efeitos especiais são recorrentes, e nos lembram os recentes "Harold e o Lápis Mágico" e "Amigos Imaginários", ambos também de 2024. Diferente desses lançamentos, "Desenhos" fica no esboço de ser uma grande produção pensada nas crianças. Até mesmo os pais podem sentir pavor ao acompanhar com os filhos numa sessão que possam fazer ter pesadelos nos próximos dias. Ironicamente as criaturas desenhadas podem parecer fofas sob uma visão superficial, mas a descrição da Amber para elas só torna tudo aversivo.
Com uma hora e trinta e três minutos, a maior preocupação em cena foi levar a jovem para um psicólogo, e assim canalizar todos seus pensamentos intrusivos no caderno. Usam a linguagem digital colocando como exemplo a caixa de entrada e saída de um e-mail, possivelmente lotadas de conteúdo inútil para seu desenvolvimento. A autocrítica que serviu para descrever o próprio filme: uma tela em branco que tinha muito potencial nas mãos certas ou um e-mail com spam de alguém sem experiência em deletar o que é dispensável.
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