Filme: "O Anônimo 2" (Nobody 2, 2025)
Ele só queria um descanso! "O Anônimo 2" da Universal Pictures é a sequência do filme de 2021, que ironicamente deixou esse homem anônimo muito conhecido. O diretor anterior tirou férias e agora Timo Tjahjanto ("A Noite nos Persegue" e "Através das Sombras") comanda, enquanto no roteiro continuamos com Derek Kolstad que retorna na função com auxílio do roteirista iniciante Aaron Rabin. Com estreia dia 21 de Agosto de 2025, somente nos cinemas vamos por fogo no parquinho... Literalmente!
Hutch Mansell (Bob Odenkirk) é pai de família que aparenta ser bem careta e sem charme, mas com seu passado violento, ele é mais uma vez forçado a confrontar antigos perigos (quatro anos após o primeiro filme) em meio a segredos familiares e uma viagem com a família a uma cidade famosa pelo seu parque mais antigo da região, mas que secretamente é controlado por traficantes. Inclusive um lugar que já foi tão amigável e tem certa nostalgia para Hutch, mas completamente hostil com seus turistas.
A trama se apoia na velha tática de levar o elenco que já conhecemos em uma nova localidade, o que permite apresentar mais embates espontâneos e novas adições ao elenco e quem sabe se manter como uma franquia que renderá mais filmes. A obra é resumida em algo não tão criativo, mas com um bom dinheiro investido! Dá pra sentir a comédia e a violência da ação na mesma fórmula do primeiro filme, o que é um ponto positivo, mas até quando vamos aceitar um riso com dentes faltando e sangue por toda parte?
Connie Nielsen e Bob Odenkirk tem química em cena, ainda que para seus personagens isso esteja em risco. Sharon Stone faz seu surto criativo que mais lembra sua desastrosa vilã em "Mulher-Gato", mas garante risos dessa vez. O rapper e ator RZA trouxe a cultura oriental tocando shamisen e ensinando como se usa uma katana. Já Colin Salmon fez o típico boss sem sal, sendo outro papel esquecível de quem vem desde o primeiro filme. Por fim, temos altos e baixos no elenco, mas Christopher Lloyd é o avô que todo jovem merece.
Com uma hora e vinte e nove minutos, é uma surpresa ter na trilha sonora uma salada mista que em um instante toca Little Mix e logo depois The Offspring, mas a maioria das faixas fazem referência aos acontecimentos das cenas com clássicos do jazz, pra gerar aquele contraste que adoramos. A maior surpresa é ter música brasileira em um breve embate. É óbvio que assistir o primeiro gera uma aproximação imediata com seus personagens, mas ele pode funcionar para quem começa por esse. Só não tente aparecer mais do que um anônimo desses!



.jpeg)
Comentários
Postar um comentário