Filme: "A Vida de Chuck" (The Life of Chuck, 2024)


Em uma adaptação emocionante do livro de contos "Com Sangue" de Stephen King, especificamente nasceu "A Vida de Chuck". Não se engane por um belo cartaz, aqui é um suspense dramático dirigido e roteirizado por Mike Flanagan ("Hush: A Morte Ouve" e "Doutor Sono"). Sua estreia será dia 04 de Setembro de 2025, somente nos cinemas, sendo uma distribuição da Diamond Films. A obra foi lançada originalmente no ano de 2024, mas finalmente chega para os brasileiros.

Conheceremos a vida de Charles Krantz (Tom Hiddleston) de forma inversa através de três partes que se interligam. Começando com sua morte precoce aos 39 anos devido a um tumor cerebral, a narrativa revela os eventos que moldaram sua vida, culminando na casa de sua infância, envolta em mistério e supostamente assombrada. Cada parte desvenda um aspecto crucial da jornada de Krantz, oferecendo uma reflexão sobre afirmação da vida e transformação de gênero.

São muitos diálogos existenciais, que podem cansar quem não quer pensar muito, mas ainda com cara de um dia conturbado para a maioria. A obra tem vários momentos que mergulham profundamente no psicológico e emocional de cada personagem, embora Chuck seja o principal alvo dessa vida e seus contatos, por mais que breves. Enquanto revelam os segredos que permeiam sua existência, vemos a música e o cinema tendo uma importância enorme para o jovem que perdeu os pais, mas ainda encontrou felicidade vendo filmes musicais como "Cantando na Chuva" e "West Side Story" em VHS.

Tom diverte e emociona, ainda que seus "anúncios" tenham deixado sua presença insuportável por um primeiro olhar. Mia Sara e Mark Hamill são incríveis no papel dos avôs do jovem Chuck (nesse ato vivido por Benjamin Pajak) e trouxeram com inteligência algo que Chuck sempre vai lembrar da criação, embora esteja no inconsciente. A dor do luto é um dos maiores desafios a se vencer, e outra forma de luto é o fim do amor, e por isso destacamos também Chiwetel Ejiofor e Karen Gillan, que seus personagens souberam quando terminar ao ponto de se respeitarem e no fim, estão preocupados um com o outro.

Com uma hora e cinquenta e um minutos, a trama soube melhorar a cada instante. Sendo o terceiro ato (aqui colocado como primeiro) o mais singelo perto dos demais que fazem o filme necessário e com uma mensagem poderosa para quem procura uma obra de conforto em um dia difícil e ao mesmo tempo aquele toque de terror que pode existir em cada obra de King, sem sustos, pelo menos. É ideal para quem quer sentir vários sentimentos em um único projeto, coisa difícil de se encontrar.

Comentários

Postagens mais visitadas