Filme: "Animais Perigosos" (Dangerous Animals, 2025)

Bem-Vindos à Bordo! Já adianto que quem te trouxe até aqui não é seu amigo! "Animais Perigosos" é a aposta da Diamond Films que vai chocar o público com o survival horror. Com estreia dia 18 de Setembro de 2025, somente nos cinemas, é um passeio dirigido pelo australiano Sean Byrne ("Entes Queridos" e "The Devil's Candy') que aos poucos se prova um promissor condutor do gênero, enquanto o roteiro é do estreante Nick Lepard. A obra é indicada para maiores de 18 anos. Vocês foram avisados!

Uma surfista experiente e espírito livre chamada Zephyr (Hassie Harrison) é sequestrada por um assassino em série conhecido como Tucker (Jai Courtney). O modus operandi do criminoso é peculiar e perturbador: obcecado por tubarões, Tucker rapta suas vítimas e as transforma em comida para esses assustadores e famintos animais, conduzindo toda essa tragédia como um espetáculo. Zephyr, então, é mantida em cativeiro com outra jovem e precisa testemunhar os horrores do serial killer enquanto procura formas de escapar desse pesadelo.

Com uma hora e trinta e oito minutos, temos personagens opostos em todos os sentidos, o que é ótimo para entender quem desejamos ser numa situação parecida. Esperta e sagaz, Zephyr luta pela própria vida e contra o tempo, antes de se tornar mais uma refém do ritual macabro de Tucker. Já Heather (Ella Newton) se contenta com o azar de ter caído nas mãos de um monstro. Outro rosto de destaque para gerar reviravoltas é Moses (Josh Heuston), não só pela beleza, mas pelos gestos que juntos com o da personagem da Harrison causam empatia imediata!

Com uma trilha sonora matadora, pensada para os fãs do Creedence Clearwater Revival, que vai do hit viral "Baby Shark" ao sucesso da abertura ao som de "Dance With Myself" do Billy Idol da época que ele fazia parte da banda Generation X. Os efeitos foram bem empregados, e acreditamos em cada membro arrancado. Mesmo com todos os elogios, o roteiro peca mais no final, onde acontecimentos podem parecer tolos para personagens que pareciam tão ameaçadores.

A obra é visceral, apavorante e pesada, como um bom terror de sobrevivência! O elenco é dedicado e nos fazem torcer para que cada ação tenha um resultado rápido. Para quem tem sensibilidade ao ver sangue e violência, evite o filme por conta do alto teor desses elementos. Para quem gosta disso na ficção, é um prato cheio... Se engana quem acha que os tubarões são os únicos animais perigosos. Por sorte estivemos protegidos nas poltronas dos cinemas. E aí, vai encarar?