Filme: "Downton Abbey: O Grande Final" (Downton Abbey: The Grand Finale, 2025)


A Universal Pictures trouxe um convite para um jantar que não queremos que acabe. "Downton Abbey: O Grande Final” apresenta pela última vez os personagens queridos enquanto a aristocracia e os empregados enfrentam novos desafios. Com estreia dia 11 de setembro de 2025, somente nos cinemas, após 5 temporadas bem sucedidas da série, esse é o terceiro e último filme da franquia e é dirigido novamente por Simon Curtis e com o roteiro Julian Fellowes, criador da série que se manteve firme em todas as produções.

Lady Mary Talbot (Michelle Dockery) assume o controle de Downton em meio ao seu divórcio e novos relacionamentos, simbolizando o choque entre tradição e modernidade. Ao mesmo tempo, os Crawley e seus funcionários abraçam a mudança e recebem esse novo capítulo, agora dentro dos anos 1930. Com direito a uma singela homenagem a eterna atriz Maggie Smith que viveu Violet Crawley até o filme de 2022 e faleceu no ano passado, sua ausência é sentida, ainda que o filme anterior tenha dado um destino a matriarca.

Confira nossas críticas dos filmes de 2019 e 2022 clicando nos anos.

Com a fotografia, temos a mesma primorosa qualidade da série, que sempre foi pensada para garantir uma fidedigna retratação da geração aristocrata, mesmo com os altos gastos que para um programa de TV era digno de produções cinematográficas e aqui finalmente encontra mais uma chance de reluzir nas telas dos cinemas. Já o roteiro procura ser o mais enxuto possível para não dar expectativas altas ou confundir o público que deseja mais da franquia.

Com duas horas e três minutos, é uma obra feita para os fãs, e quem viveu intensamente cada união, luto e reviravolta que a produção conquistou. Para quem chega sem saber onde está, será cansativo e ficará apenas contentado com as fofocas de um "filme de época", afinal, o que não falta é de quem comentar, pois vemos muitos do elenco que retornam aos papéis com o orgulho de ter seu lugar eternizado. Com muitos rostos, é impossível não se ter menos daqueles que mais gostamos.

Por fim, o desfecho pode dividir os admiradores da franquia, já que nunca existe um caminho fácil para o fim. A experiência melhora com os instrumentais de John Lunn, que já ganhou 2 prêmios Emmy pelo mesmo excelente trabalho na série. Se o resultado desse filme ganhar as bilheterias, será pelo apelo nostálgico, pois em comparação aos dois anteriores, ele não é o mais voluptuoso. Talvez entre como uma comédia romântica, onde o humor britânico crítica nossa realidade de apartamentos com quarto e sala. Aceita mais chá? Que pena, acabou!

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