Filme: "Invocação do Mal 4: O Último Ritual" (The Conjuring: Last Rites, 2025)


O terror acaba aqui! Pelo menos nessa franquia que se segura por mais de uma década sendo referência no gênero. "Invocação do Mal 4: O Último Ritual" é dirigido por Michael Chaves (dos questionáveis "A Freira 2" e "A Maldição da Chorona") e o roteiro de Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick. O universo cinematográfico Invocação do Mal chega ao seu nono filme baseado em eventos reais. Com estreia dia 4 de Setembro de 2025, somente nos cinemas e distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures.

Na Pensilvânia da década de 80, Jack (Elliot Cowan) e Janet Smurl (Rebecca Calder) se mudam para uma casa nova com sua família. Um lar que sempre sonharam, mas ao mesmo tempo um sonho que se transformou em pesadelo quando a residência começa a mostrar sinais de infestação demoníaca. Ed e Lorraine se veem obrigados a encarar seus maiores medos, colocando suas vidas em risco em uma batalha final contra forças malignas. O filme prometeu encerrar a história dos investigadores da franquia de terror iniciada em 2013 por James Wan ("Jogos Mortais" e "Aquaman"), e até sua participação discreta está anexada. Não bastando, até veremos mais convidados como um leve gesto de gratidão pelos filmes tão rentáveis.

Vera Farmiga e Patrick Wilson se reencontram no papel do casal Warren, que aceitaram trabalhar em um último caso. Como os renomados investigadores paranormais da vida real, Ed e Lorraine Warren são sempre alvo de piadas (inclusive na época que "Os Caça-Fantasmas" foi lançado) em um momento que precisavam se priorizar. Também se destacam Mia Tomlinson e Ben Hardy, nos papéis de Judy Warren, filha de Ed e Lorraine, e seu namorado Tony Spera. Os pombinhos recebem muita atenção! O elenco também conta com Steve Coulter, que retorna como Padre Gordon, além de Kíla Lord Cassidy, Beau Gadsdon, John Brotherton e Shannon Kook.

A trilha sonora foi composta por Benjamin Wallfisch (dos recentes "Alien: Romulus" e "Twisters"), provando que os instrumentais podem fazer mais do que muito roteiro, e os efeitos especiais são os mais exagerados até agora, daqueles que remetem os filmes anteriores, e ficam com menos momentos aterrorizantes. Ficou claro que era preciso fazer o drama ter impacto em quem conheceu os personagens, e é apenas por isso que temos empatia pelos Warren. Já com a nova família, dos oito moradores e seu cão, é tão pouco tempo destinado ao desenvolvimento de cada um.

Ocupar duas horas e quinze minutos com ameaças de pouco calibre foi uma despedida que dividiu os fãs. Não serão referência como os dois primeiros, ficando para o terceiro e esse uma rivalidade para decidir quem é mais aceitável. O que é injusto, uma vez que um capítulo final costumam mover mais pessoas para o cinema e até mesmo os demônios tão conhecidos. Nem mesmo a Annabelle ficou de fora! O que mais dói é o medo de James Wan de voltar a dirigir um blockbuster que lhe colocou nesse holofote de Hollywood. Fecharam as portas para os Warren, mas com as janelas abertas para os derivados. Justamente num ano tão promissor para o terror!

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